O
Museu Imperial inaugurou a Galeria de Restauro – espaço no qual o
público poderá acompanhar projetos de conservação e restauração do
Museu, como o da berlinda de aparato de d. Pedro II. O projeto,
incluindo a adaptação da galeria, tem o patrocínio da empresa
petropolitana GE Celma, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
A
berlinda foi construída em 1837, pela firma britânica Pearce &
Countz, fornecedora da Casa Real Inglesa, especialmente para a cerimônia
de sagração e coroação de d. Pedro II. Era
utilizada pelo imperador em ocasiões solenes, como os casamentos de
suas filhas, a abertura e o fechamento da Assembleia Geral. À época,
era conhecida pela população como “Monte de Prata” ou “Carro Cor de
Cana”. A
peça, que era puxada por oito cavalos, tem como elementos prata,
madeira, ferro, tecido e galões bordados em fios dourados. Sua pintura
remete à cana-de-açúcar e possui janelas em cristal, estofamentos e
revestimentos em veludo de algodão. A
restauração está sendo realizada diretamente pela equipe do Laboratório
de Conservação e Restauração do Museu Imperial que vem capacitando
pessoas da comunidade petropolitana para auxiliar no processo.
O projeto
O
objetivo geral do projeto é preservar a berlinda de aparato de d. Pedro
II como bem cultural representativo e evocativo da memória e do
patrimônio nacional.
A
execução do projeto de restauro da berlinda teve início em julho de
2011, com a definição de estratégias para seleção de pessoal,
treinamento e elaboração da documentação técnica que irá compor os
dossiês.
Metodologia e critérios éticos
A
berlinda de aparato de d. Pedro II é um objeto museológico com
implicações históricas de grande relevância, por ser representativa de
um momento histórico (o Segundo Reinado) de um sistema de governo (a
monarquia) e, enfim, de uma importante personalidade histórica (d. Pedro
II). Sua representatividade é potencializada pelo fato de ser revestida
de uma carga simbólica muito marcante – verdadeira “insígnia” nacional e
imperial –, tendo servido ao longo de todo o governo desse imperador e
estando “presente” nas ocasiões mais solenes de nossa história. Assim,
acaba por associar-se emblematicamente ao próprio Estado Monárquico
brasileiro.
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