terça-feira, 12 de junho de 2012

Petrópolis - Museu Imperial!

O Museu Imperial inaugurou a Galeria de Restauro – espaço no qual o público poderá acompanhar projetos de conservação e restauração do Museu, como o da berlinda de aparato de d. Pedro II. O projeto, incluindo a adaptação da galeria, tem o patrocínio da empresa petropolitana GE Celma, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
 
A berlinda foi construída em 1837, pela firma britânica Pearce & Countz, fornecedora da Casa Real Inglesa, especialmente para a cerimônia de sagração e coroação de d. Pedro II. Era utilizada pelo imperador em ocasiões solenes, como os casamentos de suas filhas, a abertura e o fechamento da Assembleia Geral.  À época, era conhecida pela população como “Monte de Prata” ou “Carro Cor de Cana”. A peça, que era puxada por oito cavalos, tem como elementos prata, madeira, ferro, tecido e galões bordados em fios dourados. Sua pintura remete à cana-de-açúcar e possui janelas em cristal, estofamentos e revestimentos em veludo de algodão. A restauração está sendo realizada diretamente pela equipe do Laboratório de Conservação e Restauração do Museu Imperial que vem capacitando pessoas da comunidade petropolitana para auxiliar no processo.
 
O projeto
 
O objetivo geral do projeto é preservar a berlinda de aparato de d. Pedro II como bem cultural representativo e evocativo da memória e do patrimônio nacional.
A execução do projeto de restauro da berlinda teve início em julho de 2011, com a definição de estratégias para seleção de pessoal, treinamento e elaboração da documentação técnica que irá compor os dossiês.

Metodologia e critérios éticos
A berlinda de aparato de d. Pedro II é um objeto museológico com implicações históricas de grande relevância, por ser representativa de um momento histórico (o Segundo Reinado) de um sistema de governo (a monarquia) e, enfim, de uma importante personalidade histórica (d. Pedro II). Sua representatividade é potencializada pelo fato de ser revestida de uma carga simbólica muito marcante – verdadeira “insígnia” nacional e imperial –, tendo servido ao longo de todo o governo desse imperador e estando “presente” nas ocasiões mais solenes de nossa história. Assim, acaba por associar-se emblematicamente ao próprio Estado Monárquico brasileiro.

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